Artigos sobre louvor - Dicas ao Dirigente de louvor

1- Definindo Louvor e Adoração.

O que é Louvor?

De acordo com a Bíblia, o louvor está associado com a idéia de agradecimento, elogio, valorização, exaltação, por aquilo que Deus faz (fez, fará) em nossa vida ou na dos outros. (Sl 145:4; Sl 147:12-13; Is 25:01; Lc 19:37), ou seja, nós louvamos a Deus por Suas obras, bênçãos, curas, livramentos, perdão, graça, amor, misericórdia, cuidado, etc. O louvor está sempre associado a uma ação de Deus. Deus age (agiu, agirá) e seu povo O louva (agradece, exalta, elogia, etc.). Contudo, o motivo principal do louvor é a Salvação em Cristo (a obra redentora de Cristo).

Ÿ Louvor congregacional

Esta expressão se refere ao louvor cantado, prestado pelas pessoas quando estão reunidas. Louvor coletivo.

Ÿ O que é Adoração?

A palavra adoração assim como outras palavras admiráveis como “graça” e “amor” podem ser mais facilmente experimentadas do que descritas. Assim escreveu A. P. Gibbs em seu livro “Adoração”. Porém, passeando pela Bíblia vemos que a adoração está associada com a idéia de culto (resposta), reverência, veneração, por aquilo que Deus é (Santo, Justo, Amoroso, Soberano, Misericordioso, Imutável, etc.). (Sl 96:9; Ap 4:8-11; Ap 7:11-12; Ap 11:16-17), ou seja, independente do que Deus faz, fez ou fará, nós o cultuamos (o adoramos), pela sua pessoa (sua natureza e caráter), por aquilo que Ele é. A adoração é melhor representada pela comunhão pessoal que temos com Deus, pois é através do nosso relacionamento com Ele, é que conhecemos melhor a Sua pessoa. A adoração também pode ser descrita como toda e qualquer reação que temos para com Deus. Essa reação, por sua vez, também se encontra intimamente ligada ao conhecimento (revelação) que temos da pessoa de Deus.

NOTA: Tanto o louvor quanto a adoração, devem estar presentes em tudo o que fizermos. Eles devem ser manifestados no falar, pensar, vestir, trabalhar, estudar, orar, cantar, etc. Porém, nos cultos da igreja atual, a forma mais popular de expressar o louvor e adoração é por meio de música (cânticos e hinos). Para saber mais sobre o assunto louvor e adoração, ver estudo: “Conceitos e Definições sobre Louvor e Adoração”.

2- Uma palavrinha sobre música.

Apesar do louvor e da adoração não dependerem da música para serem praticados; a música desempenha um papel essencial dentro do nosso ministério. Na verdade, nosso ministério depende exclusivamente da música para existir. Ela é a nossa principal ferramenta de trabalho. Por isso, devido a grande importância que ela tem para o nosso ministério, há algumas coisas que devemos saber acerca dela:

Ÿ O Poder da Música

A música, mais do que qualquer outra arte, exerce uma forte influência sobre a vida das pessoas. Vejamos:

a) A música é capaz de produzir sentimentos dentro de nós (ex.: alegria, tristeza, medo, etc.).

b) A música pode nos levar a diferentes tipos de reações (ex.: rir, chorar, ficar apreensivo, relaxar, etc.).

c) A música é capaz de influenciar o nosso comportamento (ex.: andamos mais rápido, produzimos mais, somos motivados a comprar determinado produto, etc.).

d) A música tem o poder de gravar mensagens em nossa mente para toda a vida (ex.: um casal de idosos que se lembram perfeitamente da letra da música que costumavam ouvir a 60 anos quando estavam ainda namorando, uma pessoa de 90 anos de idade que se lembra de uma música que aprendeu na sua infância, etc.).

Realmente, a música possui uma força que não pode ser ignorada. Em nosso caso, não podemos ignorar o poder da música na transmissão e consolidação de mensagens durante nossos cultos, encontros, acampamentos, etc. Sally Morgenthaler disse: “[...] com exceção do Espírito Santo, a música é o elemento mais poderoso do culto. Ela tem uma capacidade incrível de abrir o coração humano para Deus, tendo acesso mais rápido e mais profundo à alma, sendo mais permanente que qualquer outra forma de arte ou oratória humana”. Sem dúvida, a música é capaz de tocar pessoas de uma maneira que uma simples oratória não consegue. Além disso, a música também reforça e facilita a memorização das mensagens. Martinho Lutero já sabia disso. Não foi à toa que ele afirmou: “Sei que amanhã, segunda-feira, vocês vão esquecer o que eu estou falando agora no meu sermão. Mas os hinos que os faço cantar jamais vão ser esquecidos”.

e) Apesar de tudo isso, uma das mais poderosas influências que a música exerce sobre o ser humano é na formação do seu caráter. O filósofo Aristóteles disse: “a música tem o poder de formar o caráter”. E, ele tinha razão. Não é de se admirar a enorme depravação moral que a humanidade está vivendo em nossos dias, sem contar a grande onda de violência e o exagerado consumo de drogas e bebidas. Isso tudo se deve em grande parte a qualidade das músicas (letras) que a nossa geração está escutando. Mais do que em qualquer outra época, a música tem sido a principal comunicadora de valores para a geração de hoje. Ela tem moldado de forma significativa o nosso caráter, dizendo como devemos agir, pensar, nos comportar e ser. Por isso, se não usarmos a música para espalharmos os valores de Deus, os valores do mundo vão ter acesso ilimitado a nossa geração inteira.

NOTA: É importante sabermos que não existe música sagrada ou música profana. O que faz uma música ser sagrada ou profana é a letra contida nela, ou seja, sua mensagem, e não o seu estilo ou ritmo. É fácil entendermos este conceito. Por exemplo, quando você toca um Dó Maior, essa nota é sagrada ou profana? Nem uma nem outra. Você só saberá se esta nota é sagrada ou profana de acordo com a mensagem (letra) que ela está carregando.

Ÿ Veículo de Expressão

Além de comunicar valores, produzir sentimentos e reações, influenciar o nosso comportamento e facilitar a memorização de mensagens em nosso cérebro, a música também é grandemente utilizada para expressar aquilo que ele sentimos (amor, alegria, desilusão, paz, etc.). Isto porque a música torna muito agradável a maneira de expressarmos nossos sentimentos. Em nosso contexto, a música, entre outras coisas, também é utilizada para expressar o que sentimos por Deus. Na verdade, a música na igreja é mais utilizada como veículo de expressão do que como ou para outra finalidade (outra função).

CUIDADO: A eficiência da adoração musical pode ser ameaçada mais perigosamente quando a emoção é reduzida a mero sentimentalismo (emoção superficial, ou emoção não baseada na realidade). Para o Cristão maduro a adoração exclusivamente emocional não é suficiente, ela precisa ser contrabalançada por outras partes, em que a mente esteja focalizada e ativa (1 Co 14:15).

Ÿ Música como arte funcional

A música é, e deve ser considerada, como uma arte funcional, isto é, uma arte que tem uma finalidade prática e importante. A música não deve apenas servir como veículo de expressões humanas, ela também deve ser utilizada para ensinar, para comunicar, para encorajar, para reaproximar, para lembrar, entre outras coisas. Efetivamente, a música na igreja dever ser encarada como arte funcional e julgada pela maneira como ela cumpre ou não a sua melhor função. Ela é arte que é dedicada ao serviço de Deus, à edificação da igreja e ao louvor e adoração do Senhor. Sendo assim, a música não deve ser usada para preencher espaço no culto, mas para cumprir uma função.

Ÿ Preferência Musical

A música é um assunto que divide, separa gerações, regiões do país, tipos de personalidades e até mesmo membros da mesma família. Isso se deve a dois fatores:

Primeiro, a intimidade que cada pessoa tem com um tipo de música está em grande parte relacionada ao contexto cultural em que essa pessoa cresceu. A linguagem musical de uma cultura pode ter significado maior, menor ou diferente para diversos indivíduos naquela sociedade, e poderá ter pequeno ou nenhum significado para as pessoas que estejam fora daquela cultura. Por exemplo, uma música africana dificilmente terá algum significado para uma pessoa que nasceu e cresceu no Japão, e vice-versa.

Segundo, cada pessoa tem uma forma diferente de perceber a música e, nenhum estilo de música provoca em todas as pessoas o mesmo sentimento. Por exemplo, uma pessoa que tem afinidade com música clássica dificilmente será tocada por uma música do tipo Heavy Metal. O mesmo acontece com uma pessoa que gosta de música Sertaneja, dificilmente ela será tocada por uma música do tipo Jazz. Por este motivo, é muito importante termos em mente, que é impossível agradar o gosto musical de todas as pessoas, e que também, independente do estilo de música que usarmos em nossos cultos, atrairemos e manteremos determinados tipos de pessoas e perderemos outras.

Sendo assim, podemos afirmar que não existe um estilo “certo” de música para louvarmos e adorarmos a Deus em nossos cultos. Deus se agrada de todos os estilos. Entretanto, temos que ter muita sabedoria, discernimento e sensibilidade ao introduzirmos ou ao utilizarmos um novo estilo de musica dentro de nossas igrejas; pois, determinados estilos musicais, inevitavelmente, nos fazem associá-los a determinadas cenas ou práticas. Por exemplo, se tocarmos uma música no estilo Funk no culto, o que isso traria a mente das pessoas? Com certeza a imagem de um baile Funk com todas as suas depravações, e isso, conseqüentemente, faria com que a igreja perdesse a concentração ou desviasse o seu foco de Deus. Por este motivo, ao utilizarmos um determinado estilo de música na igreja, precisamos colocar em prática o princípio ensinado por Paulo: “Todas as coisas são lícitas, mas nem todas convêm; todas são lícitas, mas nem todas edificam” (1 Co 10.23).

3- Ministros e Dirigente de louvor.

Ÿ Ministros de louvor

Considerando que a ministração não é algo realizado individualmente, podemos considerar então que ministros de louvor são todos aqueles que estão envolvidos, direta ou indiretamente, na ministração do louvor (instrumentistas, cantores, operadores/montadores de som, operadores de retroprojetor, e outras funções ligadas à área). Em outras palavras, ministros de louvor são todos aqueles que servem a igreja na área de música.

Ÿ Dirigente de louvor

O dirigente de louvor ou líder de adoração, é aquele que têm como função principal conduzir (dirigir) o momento de cânticos nos cultos, levando as pessoas a expressarem o seu amor, o seu louvor e a sua adoração a Deus através da música. Além conduzir as pessoas, o dirigente de louvor, também é responsável pela condução (direção) dos cantores e instrumentistas dentro da música, definindo quais partes serão repetidas, as introduções, as entradas, os finais, etc. Outra função que o dirigente do louvor desempenha, durante os momentos de cânticos, é o de ministrar a vida das pessoas (sobre este assunto ver tópico 4).

4- Uma palavrinha sobre ministração.

Ministrar significa servir. Em outras palavras, é aquilo que oferecemos a alguém. A ministração pode ser dividida em dois tipos: uma que é dirigida a Deus (vertical) e outra que é dirigida ao próximo (horizontal).

Ÿ A ministração dirigida a Deus (­)

Essa ministração é direcionada exclusivamente a Deus. Seu sentido deve ser sempre na vertical (para cima). A ministração dirigida a Deus têm como alvo principal proporcionar alegria ao coração do Senhor. Ela consiste basicamente em expressar o nosso amor a Deus, reconhecer a nossa dependência dEle, reassumir o compromisso de obedecer a Sua palavra, apresentar o nosso corpo como sacrifício vivo, santo e agradável ao Senhor, e sobre tudo, oferecer-lhe aquilo que somente Ele é digno de receber: Glória, honra, louvor e adoração.

O único tipo de ministração que agrada a Deus é a aquela que oferecida com sinceridade de coração e baseada na verdade. Porém, esta ministração só será aceita se for oferecida por intermédio de Jesus Cristo (João 14:6; Hebreus 13:15).

Ÿ A ministração dirigida ao Próximo (Ö)

Essa ministração é direcionada exclusivamente para o próximo. Seu sentido deve ser sempre na horizontal (para os lados). A ministração dirigida ao próximo têm como alvo principal confortar, encorajar, edificar e provocar transformação na vida das pessoas. Ela consiste basicamente em ir de encontro às necessidades do próximo, em levá-los a se reconciliar com Senhor, em trazer-lhes esperança de uma nova vida em Cristo, em ensiná-los a andar com Deus, em exortá-los a ter um relacionamento mais profundo e íntimo com o Senhor, em mostrar-lhes que a nossa meta é ter um caráter moldado à semelhança de Cristo, e entre outros, produzir mudança de estilo de vida.

O tipo mais profundo de ministração é aquele que faz diferença no dia-a-dia das pessoas. Se quisermos mudar vidas, devemos preparar uma ministração para impactar as pessoas, e não apenas para informá-las. A nossa ministração deve buscar sempre ser clara, relevante e aplicável.

Ÿ Amor

Algo que irá fazer uma grande diferença em nossa ministração é o amor com que ministramos. Quando as pessoas sabem e sentem que nós as amamos, elas nos ouvem e se deixam ser conduzidas por nós. Para amar as pessoas nós precisamos nos aproximar delas, e quando nós nos aproximamos delas, o nosso poder de impactá-las é muito maior. O amor também é essencial quando ministramos ao Senhor, pois Ele está mais interessado na intenção do nosso coração e no amor com que correspondemos ao Seu amor por nós, do que no serviço que prestamos (oferecemos) a Ele (Mc 7.6,7). O amor deve nortear tudo o que fizermos. Sem amor a nossa ministração não passa de barulho (1 Co 13.1).

NOTA: O Amor não é um sentimento. O amor até produz sentimentos, e alguns muito fortes, mas amor é muito mais que um sentimento, ele é uma questão de escolha e de conduta (ação, atitude). Se amor fosse sentimento, ele não seria um mandamento. Jesus mesmo disse que o nosso amor por ele seria medido de acordo com a nossa obediência (atitude) aos seus mandamentos (Jo 14.21,23).

5- Preparando a ministração do louvor congregacional.

O Espírito Santo está mais presente em um planejamento cuidadoso do que em uma improvisação descuidada. Sendo assim, segue abaixo alguns pontos que irão nos auxiliar na preparação da ministração do louvor congregacional.

Ÿ Andando com Deus

Esta é a parte mais importante na preparação da ministração do louvor. É através de uma vida diária de comunhão e de intimidade com o Senhor que recebemos unção e direção para ministrar e dirigir o louvor. Muitas vezes usamos primeiramente nossas mentes e métodos, e só então buscamos a benção de Deus para aquilo que já criamos. Com certeza cometemos esse erro mais vezes do que gostaríamos de admitir. É realmente uma grande tentação mergulhar e crer em nossas próprias tendências, desejos, habilidades e planos antes de checá-los com Deus e buscar seu coração e mente para a preparação da ministração. Porém, quando fizermos da comunhão com Deus uma prioridade, iniciaremos e terminaremos tudo o que fizermos em diálogo com o Pai e, desta forma, conheceremos sua mente e receberemos sua benção.

Ÿ Em sintonia com o Pastor

É muito importante que pastor e dirigente de louvor estejam sempre em perfeita sintonia. O líder de adoração precisa ser conhecedor do seu pastor, de sua visão e manter um harmonioso relacionamento com ele. A comunicação entre dirigente de louvor e pastor é vital. Eles devem se reunir regularmente para orarem juntos, conversarem e discutirem sobre a liturgia, o tema da mensagem, os cânticos, enfim, tudo o que diz respeito à preparação da ministração e da direção do louvor congregacional.

Ÿ Escolhendo a direção da ministração

A primeira coisa a fazer na elaboração da ministração é escolhermos a direção que vamos ministrar a igreja: Vertical-[Deus] ou Horizontal-[Pessoas]. Lembre-se que esta escolha não é feita unicamente pelo dirigente do louvor. Ela é fruto da conversa e da oração que Pastor e Líder de adoração já tiveram no decorrer da semana. Nesta etapa, o dirigente de adoração apenas relembra a direção que será conduzida a ministração.

Ÿ Qual será o conteúdo da ministração?

Uma vez decidida à direção da ministração, precisamos definir qual será o conteúdo desta ministração. Por exemplo, se escolhemos a direção Vertical-[Deus], precisamos definir o que expressaremos sobre Deus e para Deus (exaltaremos a ele por seus feitos, ou o bendiremos por suas bênçãos, ou o adoraremos por alguma qualidade do seu caráter, e assim por diante). Ou por exemplo, se escolhemos a direção Horizontal-[Próximo], precisamos definir o que ministraremos sobre a vida das pessoas (encorajamento, conforto, exortação, edificação, etc). Lembre-se que a música é uma arte funcional, ela tem uma função a cumprir dentro da igreja. Esta etapa, também é feita em conjunto ou com a orientação do pastor.

Ÿ Fazendo um esboço da ministração

Como dissemos no início deste tópico: O Espírito Santo está mais presente em um planejamento cuidadoso do que em uma improvisação descuidada. Sendo assim, é importantíssimo que o dirigente de louvor faça um pequeno esboço da ministração, isso é, escreva no papel os pontos que ele pretende abordar na sua ministração de acordo com as informações do item anterior. Este procedimento tanto auxilia o dirigente como evita que ele se perca na condução e direção da igreja.

NOTA: Ao elaborar este esboço, esteja atenta a dica abordada no tópico (6): Fale somente o necessário. Nossa função não é pregar, essa é tarefa do pastor da igreja. Nossa função é, através da música, levar as pessoas a expressarem o louvor e a sua adoração a Deus, bem como ministrar a vida delas neste período.

Ÿ Conhecendo a classificação das letras dos cânticos

Apesar de parecer tudo igual na hora em que cantamos, as letras dos cânticos são classificadas em diversos tipos. É importante sabermos o tipo de letra de cada cântico, pois, isso vai influenciar diretamente na preparação da ministração do louvor congregacional. Cânticos de:

¯ Louvor

São cânticos cujas letras expressam elogio e agradecimento por aquilo que Deus fez, faz ou fará.

¯ Adoração

São cânticos cujas letras expressam reconhecimento a Deus por aquilo que Ele é. Estes cânticos falam da pessoa de Deus (Seu caráter, Sua natureza e Suas qualidades). Dentro do tema de adoração temos cânticos cujas letras que expressam Exaltação e Contemplação.

¯ Exaltação

São cânticos cujas letras tratam de engrandecer a Pessoa de Deus (Seu caráter, Sua natureza e Suas qualidades).

¯ Contemplação

São cânticos cujas letras se concentram em meditar (contemplar) a Pessoa de Deus (Seu caráter, Sua natureza e Suas qualidades).

¯ Consagração

São cânticos cujas letras tratam da dedicação de nossas vidas a Deus, da nossa santificação, etc.

¯ Adoração profética

São cânticos cujas letras tratam da Volta de Cristo, seu reinado eterno, etc.

¯ Confissão

São cânticos cujas letras tratam de arrependimento, reconhecimento do pecado, desejo de mudança de vida, etc.

¯ Clamor

São cânticos cujas letras expressam súplicas a Deus, pedido de misericórdia, auxílio, etc.

¯ Relacionamento

São cânticos cujas letras tratam de unidade, comunhão entre as pessoas. Este tipo de cântico, muitas vezes, são empregadas e expressadas de maneira errônea. É comum vermos pessoas durante o momento em que são ministrados estes cânticos, de olhos fechados e mãos levantadas. A maneira adequada para cantarmos estes cânticos é de olho aberto, olhando para o rosto do irmão que está ao lado, apertando-lhe a mão e o abraçando. A finalidade destes cânticos é estreitar os laços da congregação, expressar comunhão e quebrar barreiras interpessoais. Estes cânticos devem ser cantados para as pessoas e não para Deus.

¯ Guerra

São cânticos que dão ênfase à batalha espiritual contra o inimigo de nossas almas, proclamam a vitória de Jesus na cruz e a derrota de satanás.

¯ Doutrinários

Uma das funções mais importante da música em qualquer cultura (sociedade) é de servir de apoio ao seu sistema de valores, sejam eles políticos, sociais ou religiosos. Os cânticos classificados como doutrinários, são cânticos cujas letras expressam os nossos princípios, valores e crenças.

¯ Alegria (Júbilo)

São cânticos cujas letras expressam alegria pelo Senhor, pelos Seus feitos, etc.

¯ Expectativa

São cânticos cujas letras expressam esperança de ver a glória de Deus, o seu agir, etc.

¯ Evangelização

São cânticos cujas letras tratam da Salvação em Cristo, do amor de Deus por nós, etc.

¯ Serviço

São cânticos cujas letras tratam da importância de servir, tratam do chamado para trabalhar no Reino de Deus, etc.

¯ Especiais

São cânticos cujas letras tratam de temas como casamento, batizados, oficio fúnebre, etc.

¯ Composto

São cânticos cujas letras contém em suas estrofes mais de um tipo de classificação. Por exemplo louvor e exaltação, ou expectativa e adoração, etc.

NOTA: É muito importante que o dirigente de louvor tenha uma lista com o nome dos cânticos e a respectiva classificação de suas letras. Se possível, com seus respectivos tons.

Ÿ Escolhendo os cânticos

A ultima coisa a ser feita na preparação da ministração do louvor é a escolha dos cânticos. Porém isso não a faz menos importante, pelo contrário, os cânticos são à base da ministração do louvor cantado. Sendo assim, segue abaixo algumas dicas e alguns cuidados que devemos ter na hora de escolher os cânticos:

ü Em quais partes da liturgia nós participaremos?

Normalmente, a participação do ministério de música no culto acontece em um único período, geralmente, chamado de “momento de louvor”, em outros casos, este ministério participa em várias partes da liturgia (no prelúdio, no momento da confissão, na hora dos dízimos e ofertas, etc). Seja como for, saber em que parte da liturgia o ministério terá sua participação, é sem dúvida, essencial na seleção dos cânticos. Esta informação permite escolhermos os cânticos certos para os momentos certos. Esta informação também já foi obtida em sua reunião com o Pastor.

ü Quais músicas que usaremos na ministração?

Esta informação depende exclusivamente do conteúdo da ministração, ou seja, aquilo que iremos ministrar determinará as músicas que iremos utilizar. Como a elaboração do conteúdo da ministração é algo feito em conjunto (pastor e dirigente de adoração), normalmente, as músicas já foram escolhidas. Porém, em alguns casos o pastor apenas sugere um ou outro cântico, e deixa o dirigente responsável por fazer a seleção por si próprio. Seja como for a seleção dos cânticos devem estar sempre em harmonia com o conteúdo da ministração.

CUIDADO: Esteja atento na escolha das músicas para evitar que, em uma ministração cujo conteúdo seja de caráter evangelístico, por exemplo, sejam escolhidos cânticos sobre batalha espiritual. Isso tornaria a nossa ministração ineficaz (inútil, inoperante).

ü Qual será o tempo disponível para ministrar?

Outra informação importante a ser observado na escolha dos cânticos, é saber qual será o tempo disponível que teremos para ministrar o louvor. Por exemplo, se tivermos 30 minutos disponíveis, dificilmente conseguiremos encaixar 15 cânticos dentro deste tempo. Essa informação deve ser obtida em sua reunião com o pastor ou com o responsável pela liturgia (caso esteja dirigindo o louvor em outra igreja que não a sua).

ü Fazendo uma Pré-Seleção dos cânticos.

Após, elaborado o conteúdo da ministração, definido em quais partes da liturgia participaremos e quanto tempo disponível teremos para ministrar, o próximo passo é fazer uma pré-seleção dos cânticos. Para isso é necessário que o dirigente de louvor tenha em mãos uma lista de todos os cânticos que a igreja canta. Esta pré-seleção deve conter, de preferência, mais do que o dobro da quantidade dos cânticos que serão ministrados. Por exemplo, se vamos ministrar 5 cânticos, o ideal é que a pré-seleção tenha entre 10 e 12 cânticos.

ü Qual foi a última vez que cantamos este cântico?

É muito importante que o dirigente de louvor tenha uma planilha de controle dos cânticos que são ministrados a cada culto. Pois além de auxiliar no acompanhamento das ultimas seleções, ela também evitará que alguns cânticos sejam repetidos com muita freqüência. Se a equipe de louvor tocar sempre os mesmos cânticos, chegará uma hora que o louvor ficará mecânico. Um estudo feito por uma companhia Norte Americana descobriu que depois que uma canção é executada mais de 50 vezes, as pessoas não pensam mais no significado da letra e cantam sem perceber o que estão falando. Por este motivo é bom que o dirigente de louvor evite escolher sempre as mesmas músicas em todas as reuniões. O ideal é dar um intervalo de 2 a 3 meses para repetir um mesmo cântico.

ü A Letra está Biblicamente correta?

Como já sabemos, é a letra da música que a torna santa ou profana, por isso, é muito importante que a letra da música esteja sempre biblicamente correta. Este cuidado deve ser observado especialmente no caso de músicas novas. É importante também estar atento para possíveis erros de português.

ü As primeiras músicas.

Se a direção da ministração for Vertical-[Deus] e a participação dentro da liturgia for antes da mensagem, as primeiras músicas não devem ser de adoração propriamente dita. Dificilmente alguém começa a adorar ao Senhor logo no primeiro cântico. É preciso haver uma preparação espiritual, física e emocional (esta é uma das funções que devem ser abordadas na elaboração do conteúdo da ministração). Neste caso, podem ser escolhidas músicas cujas letras tratem: de Alegria, de Convite para Louvar ou de Expectativa pelo Senhor. Também podemos usar este período para ensinar músicas novas. Porém, se a ministração do louvor for logo após a mensagem, podem ser escolhidas músicas cujas letras expressem diretamente: de Louvor, Adoração, Exaltação, Contemplação, ou ainda, de preferência que respondam a mensagem pregada. Por exemplo, se a pregação foi sobre a importância do nosso compromisso com Deus, então devemos cantar músicas que reafirmem este compromisso, ou que demonstre o nosso anseio por este compromisso, e assim por diante.

IMPORTANTE: O período de louvor cantado não é uma preparação para a ministração da Palavra. O louvor e a Palavra são dois ministérios com características e peculiaridades parecidas, porém, com finalidades diferentes. “O louvor é a comunicação do homem com Deus; e a pregação da Palavra é a comunicação de Deus com o homem”. No entanto, na fase final do louvor cantado, poderá haver uma ligeira fusão entre os dois ministérios, mais especificamente quando for escolhida uma música especial (independente da ministração) com o objetivo exclusivo de preparar a congregação para a mensagem.

6- Dicas ao dirigente de louvor.

Ÿ Conhecer as músicas

O dirigente de louvor é o referencial para a igreja e para a equipe de louvor. Por este motivo ele deve ser o primeiro a conhecer a música de cor, sem precisar ficar olhando toda hora para a projeção do cântico na tela para cantar a letra. É o dirigente que dá segurança e estabilidade para o grupo e para a igreja. Se ele não conhecer a música estará dando brecha para que a execução saia errada, e a ministração seja comprometida. Porém, caso o dirigente tenha dificuldade em memorizar os cânticos, ele pode usar uma estante (suporte) para colocar as cópias das letras, e assim acompanhar os cânticos.

Ÿ Boa comunicação com a Banda

Uma das coisas mais importantes para uma boa execução das músicas é uma boa comunicação entre o dirigente de louvor e o conjunto musical (banda). Como dissemos no tópico 3, o dirigente de louvor também é responsável pela condução (direção) dos cantores e instrumentistas dentro da música. Sendo assim, é indispensável que o dirigente e a banda combinem sinais que os auxiliem indicando quais partes da música serão repetidas, quando deverá subir o tom, quando voltará para o início do cântico, quando a banda deve tocar mais suave, e assim por diante.

Ÿ Atitudes e Expressões

O dirigente de louvor tem que estar à vontade no altar. Ele tem que caminhar por todos os lados. Existem dirigentes que são como estátuas, ficam parados no mesmo lugar durante todo o Louvor. A Igreja acaba ficando parada, fria e imóvel também. Outros se mexem tanto, correm tanto e fazem tantos gestos, que mais parecem atletas excepcionais ou professores de aeróbica. A congregação fica cansada só de olhar e acompanhar. O dirigente de louvor tem que ter a prática de caminhar (isto impõe segurança), ele deve procurar se expressar com gestos em alguns cânticos (isso gera participação da Igreja), ele deve ter o hábito de olhar nos olhos da congregação em geral (isso mostra confiança, segurança e autoridade. Alguns dirigentes fecham os olhos e esquecem do resto, principalmente de observar o fluxo na Igreja; esta atitude é prejudicial para o bom desempenho do louvor congregacional), o dirigente também pode se ajoelhar em momentos de adoração (isso mostra submissão e humildade). Tudo isto deve ser feito com prudência, sabedoria e sensibilidade espiritual.

NOTA: Uma das maiores dificuldades que o dirigente enfrenta durante a direção do louvor é, ao mesmo tempo, ministrar da igreja, dirigir da banda e oferece a sua própria adoração. Esta prática só vem com muito treino e com muito tempo.

Ÿ Sensibilidade Musical e Espiritual

O dirigente de Louvor que segue exatamente aquilo que estava programado nos ensaios, pode estar falhando na sensibilidade musical e espiritual. É obvio que não é normal ficar mudando a direção dos cânticos, mas sempre é preciso estar atento para saber quando se deve fazer sinal aos músicos para tocarem mais suave, mais baixo ou mais alto, ou para que deixem só a congregação cantando junta, ou que se repita várias vezes o mesmo coro, ou ainda, que faça silêncio absoluto para uma maior busca, entrega e sensibilidade ao mover do Espírito Santo, que se inicie mais uma vez a canção para maior aproveitamento ou que os músicos continuem tocando a melodia da canção para que a Igreja possa cantar um cântico novo pessoal e espiritual. O dirigente tem que ter sensibilidade e flexibilidade durante a ministração de louvor, pois à vontade de Deus nem sempre é a do homem, por mais que sejamos organizados e programados.

Ÿ Falar somente o necessário

Durante a ministração do louvor, o dirigente deve procurar não falar nada, apenas deixar que o próprio cântico fale ao coração das pessoas. Falar demais acaba atrapalhando o mover do Espirito Santo nas pessoas. Porém, não falar nada, causa vazio no louvor congregacional. Instruções durante os cânticos não produzem louvor nem adoração, entretanto, podem dar direcionamento significativo à expressão coletiva. O dirigente de louvor deve procurar falar somente o necessário.

Ÿ Incentivar e Facilitar as expressões

No louvor congregacional as expressões são fundamentais. Elas dão vida ao louvor e a adoração coletiva, além de reforçar o significado daquilo que estamos cantando. É responsabilidade do dirigente de louvor incentivar e facilitar as expressões durante os momentos de louvor. Por exemplo, se o povo não está batendo palmas com firmeza e união, deve-se falar e pedir para que batam palmas; se no momento de adoração a maioria estiver desligada e distraída, pode-se, por exemplo, pedir para que todos fechem os olhos, que levante as mãos e que comecem a falar palavras de amor, de agradecimento e sinceridade ao Senhor; se no momento de Louvor perceber que o povo não está cantando e correspondendo pode-se tranqüilamente pedir aos músicos que parem de tocar para ouvir apenas as vozes da congregação cantando juntos, formando um lindo coral de vozes ao Senhor. É importante sabermos que nós não somos “animadores” de culto. No culto há dirigentes de louvor. Seu papel é incentivar e facilitar as expressões simultâneas e espontâneas das pessoas. O dirigente de louvor que se preocupa somente em cantar e falar o tempo todo, limita o louvor e a adoração aos cânticos. O bom dirigente de louvor gera a participação das pessoas durante os momentos de louvor, incentivando e facilitando as expressões.

Ÿ Certeza da presença de Deus

Por último, um elemento que irá fazer a grande diferença, não somente para quem dirige o louvor, mas também para quem participa do louvor é a certeza da presença de Deus. É muito importante para todo aquele que participa do louvor ter a certeza de que Deus está presente. Ora, como iremos adorá-lo sem ter a certeza da sua presença? Como iremos cantar para Ele, se ainda duvidamos que Ele está entre nós? Sem dúvida, um dos principais motivos pelos quais a igreja é tão fria na hora de expressar o seu louvor a Deus, é falta da certeza da presença de Deus em seu meio. É preciso saber que em todos os nossos cultos somos assistidos por Deus. Desde a primeira oração, passando pelos testemunhos, pela pregação, pelas arrecadações e principalmente durante o louvor cantado, Deus está presente. Seu Espírito está passeando entre nós trazendo cura, libertação, avivamento, salvação, etc. Sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6).

NOTA: Todas as dicas acima levam um certo tempo para serem assimiladas e para se tornarem algo natural na prática da direção do louvor cantado. Por isso, não desanime se no começo você encontrar dificuldades com algumas destas dicas. Errar faz parte do processo de aprendizado. Guarde sempre isso: “não há sucesso sem fracassos (sem erros)”.

7- Qualidades e Características desejáveis nos dirigentes de louvor.

Ÿ São Adoradores;

Ÿ São Íntegros, Retos e Tementes a Deus;

Ÿ São Humildes;

Ÿ São Fiéis nos dízimos;

Ÿ São Submissos à liderança;

Ÿ São Responsáveis em tudo;

Ÿ São Reverentes;

Ÿ São prudentes;

Ÿ São Disciplinados;

Ÿ Buscam viver em Santificação;

Ÿ Procuram ser pessoas segundo o coração de Deus;

Ÿ Possuem consciência de que dependem de Deus para tudo que fizerem;

Ÿ Procuram ser atraente no falar, no vestir, sem ferirem a ética, a disciplina, o pudor e os preceitos bíblicos;

Ÿ Não fazem acepção de pessoas;

Ÿ Comunicam-se bem;

Ÿ Procuram sempre aprender e se aperfeiçoar cada vez mais; Buscam a excelência.

Em outras palavras, o dirigente de louvor deve buscar a cada dia mais se tornar semelhante a Cristo em caráter, valores, atitudes e comportamento.

NOTA: O bom dirigente de louvor se concentra primeiramente em ser uma pessoa de Deus antes de fazer o trabalho dEle. Para Deus, o ser sempre precede o fazer.

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